Profª Claudi@Artes
segunda-feira, 30 de maio de 2016
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Dia do Trabalho
Há o que se comemorar? Digamos que sim! Digamos que não!
Podemos comemorar quando temos um emprego "TRABALHO" e não precisamos "mendigar o pão" como muitos em nosso país. E aproveito para desabafar e confessar que sou contra todas as bolsas que são oferecidas pelo governo como auxilio às famílias, tais como: Bolsa Família, Bolsa Gás, entre outras, porque na minha opinião deve-se oferecer dignidade à uma família, dando-lhes a oportunidade de ter um bom emprego, de entrar em um supermercado e escolher os produtos que julgar de melhor qualidade, ter uma moradia digna, bons hospitais e principalmente escolas de qualidade para que seus filhos possam estudar e ter uma formação adequada às exigências do mercado de trabalho.
Agora como podemos comemorar o Dia do Trabalho, em um país onde há 6,89 milhões de desempregados? Onde a terra em muitos estados é seca, porque não há uma política adequada para levar água até esses lugares, dando aos moradores de lá condição de trabalho para que não migrem para outros estado e passem a fazer parte dos números alarmantes de desempregados?
Muito difícil comemorar, quando vemos a diferença gritante entre os salários de um Jogador de Futebol e um Professor, de um Político e um Médico. Como comemorar? Vendo um menino empurrando uma bola por um salário milionário e ainda ganhando outros milhões em comerciais ou para emagrecer, enquanto um professor precisa bater panelas nas ruas e deixar suas escolas fechadas sem aula, para reclamar por um salário mais digno e ainda ouvir da boca de seus governantes que se deve "trabalhar por amor", que "uma professora não é mal paga, é mal casada" e por aí vai. Outro dia li um comentário de uma pessoa que se dizia indignada ao passar em frente ao estacionamento de uma escola da prefeitura que mais parecia uma concessionária de carros novos (ironicamente supondo que professor ganha muito bem), eu que me senti indignada com o comentário infeliz, pois essa pessoa não tem noção de como passamos 60 meses de sufoco para pagarmos o veículo, que não nos serve de luxo, mas, de um meio mais rápido de locomoção para darmos aulas em 2 ou 3 escolas em locais diferentes. Comemorar como? Vendo nossos médicos cruzando os braços pedindo melhores condições de trabalho e melhores salários, enquanto políticos esbanjam salários altíssimos e viajam de um lado para o outro em luxuosos aviões e carrões.
Como fico triste em ver muitos de nossos policiais se corrompendo ou tirando licenças médicas pela psiquiatria, pois estão desesperados por correrem tantos riscos e mal conseguem alimentar suas famílias.
COMO COMEMORAR?
Acredito que fiz de meu texto um muro de lamentações, mas, preciso desabafar, por mim, e por muitos outros trabalhadores que acordam cedo, enfrentam ônibus e metrôs lotados, trânsito parado, trabalhadores que saem de suas casas e não sabem se voltam, já que hoje, temos uma nova categoria de "bandidos" que vão paras ruas não mais para roubar nossos bens materiais, mas nossas vidas.
De quem seria a culpa de hoje não termos motivos para comemorar?
As festas espalhadas por todo o país em comemoração ao Dia do Trabalho, apenas servem para maquiar os problemas sérios de nosso país.
Deixo aqui minha homenagem à nós trabalhadores que cumprimos a nossa batalha diária com alegria mesmo tendo os olhos cheios de lágrimas. Aos aposentados que depois de tantos anos de trabalho sobrevivem com um mísero salário, e é bom lembrar aqui, que não me refiro aos aposentados políticos.
Parabéns à você mulher, homem e jovem trabalhador! Que os nossos motivos de comemoração possam um dia resplandecer e que renasça em nós a alegria de ser um TRABALHADOR!
quinta-feira, 11 de abril de 2013
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Tarsila do Amaral
INFÂNCIA E APRENDIZADO
Tarsila do Amaral nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, passou a infância nas fazendas de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, 'Sagrado Coração de Jesus', 1904. Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve a única filha, Dulce.
Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus estudos em arte. Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918, onde conheceu Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar em Paris, na Académie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro) através das cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências. Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou a Paris e Oswald foi encontrá-la.
1923
Neste ano, Tarsila encontrava-se em Paris acompanhada do seu namorado Oswald. Conheceram o poeta franco suíço Blaise Cendrars, que apresentou toda a intelectualidade parisiense para eles. Foi então que ela estudou com o mestre cubista Fernand Léger e pintou em seu ateliê, a tela 'A Negra'. Léger ficou entusiasmado e até chamou os outros alunos para ver o quadro. A figura da Negra tinha muita ligação com sua infância, pois essas negras eram filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a estória da arte moderna brasileira. A artista estudou também com Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também apresentou a Tarsila pintores como Picasso, escultores como Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric Satie. E ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado.
Tarsila oferecia almoços bem brasileiros em seu ateliê, servindo feijoada e caipirinha. E era convidada para jantares na casa de personalidades da época, como o milionário Rolf de Maré. Além de linda, vestia-se com os melhores costureiros da época, como Poiret e Patou. Em uma homenagem a Santos Dumont, usou uma capa vermelha que foi eternizada por ela no auto-retrato 'Manteau Rouge', de 1923.
PAU BRASIL
Em 1924, Blaise Cendrars veio ao Brasil e um grupo de modernistas passou com ele o Carnaval no Rio de Janeiro e a Semana Santa nas cidades históricas de Minas Gerais. No grupo estavam além de Tarsila, Oswald, Dona Olívia Guedes Penteado, Mário de Andrade, dentre outros. Tarsila disse que foi em Minas que ela viu as cores que gostava desde sua infância, mas que seus mestres diziam que eram caipiras e ela não devia usar em seus quadros. 'Encontei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, ...' E essas cores tornaram-se a marca da sua obra, assim como a temática brasileira, com as paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da nossa fauna, flora e folclore. Ela dizia que queria ser a pintora do Brasil. E esta fase da sua obra é chamada de Pau Brasil, e temos quadros maravilhosos como 'Carnaval em Madureira', 'Morro da Favela', 'EFCB', 'O Mamoeiro', 'São Paulo', 'O Pescador', dentre outros.
Em 1926, Tarsila fez sua primeira Exposição individual em Paris, com uma crítica bem favorável. Neste mesmo ano, ela casou-se com Oswald (o pai de Tarsila conseguiu anular em 1925 o primeiro casamento da filha para que ela pudesse se casar com Oswald). Washington Luís, o Presidente do Brasil na época e Júlio Prestes, o Governador de São Paulo na época, foram os padrinhos deles.
ANTROPOFAGIA
Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário especial ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o 'Abaporu'. Quando Oswald viu, ficou impressionado e disse que era o melhor quadro que Tarsila já havia feito. Chamou o amigo e escritor Raul Bopp, que também achou o quadro maravilhoso. Eles acharam que parecia uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário Tupi Guarani de seu pai. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. A figura do Abaporu simbolizou o Movimento que queria deglutir, engolir, a cultura européia, que era a cultura vigente na época, e transformá-la em algo bem brasileiro.
Outros quadros desta fase Antropofágica são: 'Sol Poente', 'A Lua', 'Cartão Postal', 'O Lago', 'Antropofagia', etc. Nesta fase ela usou bichos e paisagens imaginárias, além das cores fortes.
A artista contou que o Abaporu era uma imagem do seu inconsciente, e tinha a ver com as estórias de monstros que comiam gente que as negras contavam para ela em sua infância. Em 1929 Tarsila fez sua primeira Exposição Individual no Brasil, e a crítica dividiu-se, pois ainda muitas pessoas ainda não entendiam sua arte.
Ainda neste ano de 1929, teve a crise da bolsa de Nova Iorque e a crise do café no Brasil, e assim a realidade de Tarsila mudou. Seu pai perdeu muito dinheiro, teve as fazendas hipotecadas e ela teve que trabalhar. Separou-se de Oswald.
SOCIAL E NEO PAU BRASIL
Em 1931, já com um novo namorado, o médico comunista Osório Cesar, Tarsila expôs em Moscou. Ela sensibilizou-se com a causa operária e foi presa por participar de reuniões no Partido Comunista Brasileiro com o namorado. Depois deste episódio, nunca mais se envolveu com política. Em 1933 pintou a tela 'Operários'. Desta fase Social, temos também a tela 'Segunda Classe'. A temática triste da fase social não fazia parte de sua personalidade e durou pouco em sua obra. Ela acabou com o namoro com Osório, e em meados dos anos 30, Tarsila uniu-se com o escritor Luís Martins, mais de vinte anos mais novo que ela. Ela trabalhou como colunista nos Diários Associados por muitos anos, do seu amigo Assis Chateaubriand. Em 1950, ela voltou com a temática do Pau Brasil e pintou quadros como 'Fazenda', 'Paisagem ou Aldeia' e 'Batizado de Macunaíma'. Em 1949, sua única neta Beatriz morreu afogada, tentando salvar uma amiga em um lago em Petrópolis.
Tarsila participou da I Bienal de São Paulo em 1951, teve sala especial na VII Bienal de São Paulo, e participou da Bienal de Veneza em 1964. Em 1969, a mestra em história da arte e curadora Aracy Amaral realizou a Exposição, 'Tarsila 50 anos de pintura'. Sua filha faleceu antes dela, em 1966.
Tarsila faleceu em janeiro de 1973.
Obras de Tarsila do Amaral
Fontes: texto:
http://www.tarsiladoamaral.com.br/
Imagens:
http://www.culturamix.com/cultura/arte/tarsila-do-amaralsexta-feira, 22 de julho de 2011
Alexander Calder Um amante do Brasil
Dificilmente você vai ouvir dizer de alguma casa que nunca teve um móbile. Atualmente é comum vê-los pendurados nos berços dos bebês.
O doodle da página inicial do Google é um móbile interativo – você passa o mouse e o objeto se move -, uma homenagem ao que seria o 113º aniversário de Alexander Calder, também conhecido por Sandy Calder, um escultor e artista plástico estadunidense famoso por desenvolver seus móbiles. Calder foi o primeiro a explorar o movimento na escultura e um dos poucos artistas a criar uma nova forma – o móbile.
Em 1944, o Brasil entrou na vida de Alexander Calder. Ex-engenheiro químico, o artista se encantou com nossa cultura ao conhecer o arquiteto Henrique Mindlin, que o visitou nos Estados Unidos para comprar uma de suas esculturas. Quatro anos depois, Calder faria sua primeira visita ao País e voltaria para casa cheio de discos de samba. A paixão foi tanta que o artista criou alguns chocalhos para ajudar na composição do ritmo. Instrumentos musicais, esculturas e vários documentos estão na exposição Calder no Brasil, na Pinacoteca. “Não quis fazer uma retrospectiva de sua obra e sim da relação dele com o Brasil”, afirma a curadora Roberta Saraiva, destacando o pioneirismo de Calder. “Ele revolucionou a escultura ao inventar o móbile.”
Além de Mindlin, o americano ficou amigo de ilustres brasileiros, como Oscar Niemeyer e Burle Marx. “Aproveitando uma de suas visitas, Niemeyer encomendou uma escultura para a Praça dos Três Poderes, em Brasília. No Carnaval do ano seguinte, Calder voltou com a maquete”, conta Roberta, que não conseguiu descobrir por que a obra não chegou a ser concluída, mas colocou o projeto na exposição. “Não sabia que ia encontrar tanto material. Ele tinha uma sintonia incrível com nosso estilo de vida.”
Algumas de suas obras:
www.terra.com.br/istoegente/367/diversao_arte/expo_foco_alexander_calder.htm